O que você quer saber sobre História?



Este blog tem como objetivo discutir História, postar artigos, discutir assuntos da atualidade, falar do que ninguém quer ouvir. Então sintam-se a vontade para perguntar, comentar, questionar alguma informação. Este é um espaço livre para quem gosta de fazer História.

terça-feira, 31 de março de 2015

A CRISE DA ORDEM MODERNA

                                        
                “O que é, exatamente por ser tal como é, não vai ficar tal como está”.
                                                                                                                                     (Brecht).
        A dinâmica social representará sempre e sempre um evoluir dos eventos sociais sem esquecer a experiência pretérita representando u modernismo que melhor lhe fora se  chamássemos inquietações das sociedades que se traduza nas transformações e nas novas concepções de ver e de se apropriar do mundo sempre pronto a aceitar as transformações e os novos “status”  que se originam, independente das  escolhas.
        Determinadas ditas transformações pela aceitação pura e simples, via de regra, são determinantes para a absorção e assimilação fundada na experiência e na aceitação, sem contestações ou não.
        Os vários exemplos permeados pela sociedade reforçam nçao apenas as afirmações como contextualiza a realidade, como traz aspectos vivenciados na experiência comum em que as transformações terminam por ser assimiladas e integrantes da diversidade existente em tosos os campos sociais.
         Permanecendo pois, comum uma questão contemporânea, nos parece, “data venia” , que aquelas outras levantadas pelos grupos chamados minoritários, tendem a defender bandeiras sustentadas muito mais em modismos ou imitações do que ocorre em outras sociedades, mormente pelo globalismo, especialmente no campo da informática, tendendo a aproximação dos eventos em que há uma atuação de maior apelo e empolgação capaz de atrair, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos, cujo rescaldo, por ser bandeiras certas e determinada, não parecem contaminar o grosso do social.
        Cristina Souza na sua obra de sociologia, afirma com propriedade, o que ora se transcreve: “... que a idéia de igualdade não é uma idéia aceitável ara a cultura humana” (Ob. Cit. E indicada no final).
        Embora não se possa negar, pela obviedade, a existência das chamadas “identidades plurais”, é fato que, os movimentos sociais travados a partir de 1960, especialmente entre   nós, lograram, formalmente, senão uma  estabilização social e institucional como resultado de uma  ordem moderna e de uma nova questão social, talvez não tão nova. Desse modo conseguem esses chamados “movimentos minoritários”, assegurar, pelo menos constitucionalmente, a garantia de seus direitos, como é o caso v. g. circunscrito no preâmbulo do artigo 5º e seus incisos da carta Magna Brasileira.
        Se, entretanto esses “arranjos sociais, políticos e sociais e institucionais das sociedades ocidentais do pós guerra encontram-se, de maneira geral, bem assentado em uma arquitetura” (Ob. e autor citados adiante), o mesmo não pode ser dito no sentido de que tenham encontrado o que os grupos procuram, ainda, uma aceitação geral, inconteste e incontroversa.
          Podemos aqui evocar a constituição de 1946 até hoje apontada como a melhor na sua elaboração, não obstante as circunstâncias e condicionamentos daquela quadra da vida, o pós guerra em que se viu envolvido o país. naturalmente pelos anseios e conceitos muito mais libertários, na busca de priorizações, mas por setores influentes de classes ou grupos representados nem sempre seus interesses e aspirações  das maiorias.
       Os chamados “movimentos das minorias” a exemplo dos índios, associações de bairros, mulheres, gays e lésbicas, outros em busca de liberdade e direito de voto, etc., etc., tendem ao afunilamento e a um descompasso e desaparecimento no espelho social alcançados os objetivos.
        Há uma tendência forte á individualização e, até glamorização desses movimentos que lutam e, enquanto buscam identidades desvinculadas das lutas de outros segmentos, numa exclusividade, por isso mesmo que não se integram, antes, dispersam-se e, finalmente se fragmentam no tecido social de onde emergiram, descendo e descambando, não raro, para o obscurantismo.
       Embora na aparência esses movimentos se apresentem como funções  delineadas, acredita-se não se tratar, em verdade, de necessidades conscientes da sua aceitação, mas que parece impostos pela imposição de um ordenamento jurídico sancionador, artificioso e, portanto emanado de uma norma ou normas sem a suficiência de discussões aprofundadas.
         Um claro exemplo é o chamado “movimento feminista” que por ser emblemático no sentido da quebra de paradigmas, enquanto exalta a liberdade e permite emergir na crise, a família, o “status” de mãe, mulher, dona de casa, direito ao trabalho pulverizando temáticas diversas e, muitas vezes, sem a menor razão de ser e de se justificar, mas permite a conexão de tais reivindicações o que chamamos de paradoxos por provocar a própria desconexão familiar e vai significar ou ressignificar novos conceitos e definições, tornando pretéritas idéias patriarcais e matriarcais.

        Sem excluir conservadorismos latentes, a religiosidade que influência, as leis e os costumes já estabelecidos, além das tradições, nos parece que a “sociedade se vê temporariamente desarmada” (Ob. e A. citados adiante), esse desarmamento não é no sentido da contestação as chamadas minorias em si, mas as imposições forçadas dessas “minorias”, ou parcelas mínimas porém,  de pouca expressividade política social e moral ao invés de seguir o lento caminho da coonestação pelo amadurecimento e aceitação dessas bandeiras de lutas totalmente ou parcialmente satisfeitas ou observadas.

segunda-feira, 30 de março de 2015

O PASSADO RELACIONADO AO PRESENTE.

                                                  

        Heródoto é antes de tudo um viajante. Como especulosos viajantes são os que viajam nos seus relatos. Seus périplos e suas investigações sobre o passado, dão a ele, a firme convicção de que os fatos se relacionavam numa permanente causa e efeito dos acontecimentos.
        Prefiro  ser pragmático.
        Investigativo chega a observar pequenos detalhes em meio aos problemas, buscando compreensão dos fatos para o que se vale além daquilo que vê, no relato dos que estão próximos, e, portanto, vivenciando os fatos do cotidiano.
       Ele é organizado e s e envolve com  que está investigando, procura confirmações e adquire como  que uma filtragem, busca causas prováveis, embora nele se vislumbre mais que opiniões históricas muito de conjunturas improváveis.
       Cérebro privilegiado pelo sabor e proficiência da filosofia do seu tempo, sedimentado, sobretudo numa cultura da Grécia. Só assim se explica. Não é um extático, mas mutável camaleônico. Vertendo das contradições do homem, seus limites e ambições, seus relatos assim seriam passados a posteridade.
       Não se furta a realizar comparações entre costumes de povos para povos, mas aproxima as experiências, elabora raciocínios encadeados, porque lógicos, visando, sobretudo, oferecer conclusões que lhe parecem acertadas, porque, na lógica, embora o ofício de historiador seja sempre os posicionamentos do “eu”.
        Mas danem-se as regras. Que importa se a ciência de historiador ou do historiador é, com ele mesmo que está nascendo e será, doravante, até cognominado de “o pai da história”?Então que se danem em Heródoto, as regras que a posteridade, quem sabe, até pedantemente adicionou aos seus escritos ou excluiu deles.
         Mas, como no dizer de March Bloch “- a história é feita por gente viva para gente viva” – Heródoto vale-se dos recursos contextualizados na temporalidade da sua existência e, ação, pelo que usa e abusa dos recursos filosóficos aproximando causas improváveis do provável numa especulação que corresponde à curiosidade humana, gênio fabuloso que o criou e o impôs através dos séculos, sem uma existência provável. Este sim, gênio sobre todas as coisas que de Heródoto chegam a ser ditas.
        E, é nessa exposição de fatos e dados coletados a que ela a história, consegue encadear o passado ao presente através da lógica e do provável.
        A grande questão é: Heródoto existiu ou apenas subsistiu o mito idealizado por alguém que assim se denominou?
Max Brandão Cirne


HISTÓRIA DA AMÉRICA E SUAS DISPUTAS

                     
       No passado dois gigantes disputariam a América: Portugal e Espanha. No século XIX outros dois atores ocupariam a cena: Inglaterra e estados Unidos disputando hegemonias dominadoras.
       De fato, entra o fator diplomático em lugar dos canhões, armas e ameaças dando preferência a forma da solução amigável dos conflitos ou o que parecia ser. A América é subjugada ao capital, contando, com uma arquitetura política, porem, na prática se impondo sobre as demais nações. Quem tem mais poder bélico e econômico permeou no campo do mandonismo da geopolítica.
         Velhos espectros se implantam através de sistemas pelo emprego  aplicação de  vultuosos empréstimos, tais investimentos em busca de lucratividade fácil, paradoxalmente auto financiava o próprio investidor por diversos fatores.
         Resulta que os modelos endividariam as nações subjugadas pelos empréstimos, incapacitando-as de pagar, obrigando-se a ceder extensas áreas cada vez maiores, provocando desocupações do elemento camponês a um contínuo êxodo ela expropriação indisfarçada das suas terras de subsistência gerando mais miséria, dependência econômica, agora vinda de um patronato insensível e ávido por lucros crescentes, minguados de leis inexistentes e de assistência de toda espécie.
         O elemento estrangeiro se apossa das riquezas dos países latinos americanos. Conta, para tanto, com governos benevolentes e o apoio sempre desejado e incondicional das oligarquias econômicas e dominantes representadas pelas famílias mais importantes, pois, afinal de contas, eram beneficiárias direta das explorações compatriotas e que asseguravam, pela conservação dos privilégios não sofressem os estrangeiros quaisquer ameaças que eram, de pronto e eficiente, sempre afogadas no mar de sangue dos naturais quaisquer ameaças ou o que parecesse ser.
      Servis e apátridas economicamente, as elites nacionais da América Latina mais que o estrangeiro investidor e dominador se realizaram na exploração interna e na compulsoriedade das atividades dos seus nacionais.
        Pode-se dizer então, que as transformações econômicas se faziam tendo em vista beneficiar o capitalista estrangeiro. Construindo pontes, estradas, portos, estradas de ferro, empreendendo grandes plantações (plantations), aproveitar-se-íam da serviência latina dos governantes e do capitalista nativo agraciado com as sociedades, ficando encarregados e agradecidos de serem guindados, em nome do lucro próprio e da riqueza fácil, fieis mantenedores da política comercial e industrial, enfim, exploratória, sob a exploração direta dos compatriotas.
          Para a realização das obras internas, um ciclo perverso e profundamente vicioso porque repetitivo  e sem saneamento precisou se instalar. As potencias emprestavam capitas, não as doavam, na obstante agregassem aos países latinos, e, era sempre para garantia do escoamento de toda a riqueza produzida. A colônia não passava de uma vil produtora sempre sujeita aos efeitos viciosos da colonização apátrida.
         Gerando maior e mais alto grau de dependência, assim como o aumento da miserabilidade dos cidadãos pelas desigualdades sociais, afastarão os benefícios daqueles que efetivamente trabalham e fazem produzir as terras   aumentarão as desigualdade que se multiplicam na medida que as riquezas permitem vidas estabelecidas nababescamente usufruir do sangue e do suor alheio sem contrapartida remunerativa, senão o direito a própria existência na miserabilidade da subsistência.
          A prosperidade de alguns despertarão muito tarde, movimentos sociais adormecidos, novos tipos de lutas e reivindicações, a necessidade desperta de leis e a a organização e parques industrializados a despeito do Brasil, por exemplo, sob o senhor Vargas com a implantação, financiada pelo capitalismo estrangeiro em troca de comprometimento de soldados na II Guerra Mundial, mas sobretudo as demandas reprimidas pelos sistemas exploratórios, que trarão, sem dúvidas, melhorias para a vida reprimida dos latinos com sistemas de esgotamento sanitários, leis do trabalho, limitações de envios de capitais ao exterior, limites progressivo à propriedade aos estrangeiros e sua forma de exercer o mando, assim como aos investidores.
         Novos tipos de lutas se desenvolvem novas demandas, novas reivindicações na América Latina, embora não ideais, as Ligas Camponesas se organizam, sindicatos são formados e organizados, desse modo forçando, pelas mobilizações das classes em polvorinho reivindicatórias, novas exigências transformadas em leis, aumentam-se os sistemas viários, distancias são encurtadas pelos sistemas implantados, enquanto novos costumes e políticas sociais são introduzidas, sobretudo abertas as portas da migração e a ajuda dos partidos organizados e livres, a influência  dos anarquistas e dos socialistas somados a grande contribuição dos imigrantes europeus.
          Por essas e outras, quando alguém se jactanciar de pertencer a famílias quatrocentão, desconfie. Quase sempre, e, quase que com a maior segurança, foi um explorador dos próprios compatriotas.

Trabalho apresentado pelo Autor à PUC - Rio em 03 de novembro de 2009.

        

quarta-feira, 25 de março de 2015

HISTÓRIA DA AMÉRICA E SUAS TRANSFORMAÇÕES

                  

        Na verdade, e, como se não bastasse não será possível olvidar que a competitividade expropriatória trouxe, desde o século XVI franceses, alemães, ingleses e holandeses que buscavam estabelecerem-se tanto na América Espanhola quanto na América Portuguesa processos apropriatórios, todos tendo em vista a exploração em comum dos recursos coloniais.
      Descerra a temática o recheio da importância historiográfica que não pode ser olvidado, as disputas acirradas que se deslocam para a América, mesmo após as nações ditas latinas terem conquistado soberania.
      Desses contextos surgem os conceitos. Se a soberania é o poder de uma nação garantir e assegurar a integridade da sua população e do seu território fazendo-se respeitar pelo emprego de recursos variados, então, pode-se afirmar que as nações da América Latina não puderam o não souberam, ou não quiseram defender suas fronteiras.
      Se a América consegue expulsar os primeiros colonizadores, quase exauridas suas riquezas, o foco da maneira de colonizar será deslocado para novos tipos, calcados, dessa vez, na diplomacia e nos capitais que impregnaram as relações e os países, exercendo novas dominações sob um indisfarçado protecionismo econômico.
     O mundo continua com olhos postos na América a exemplo da Grã-Bretanha que, tendo introduzido internamente formas capitalistas diferenciadas e baseada na industrialização ou na transformação da matéria prima, tornar-se-á desde muito, industrializada ou apressará processos “et pour cause”, transformar-se-ia em capitalizada, resultado  do processo industrial implantado, sendo contestada na Índia e outras colônias, mas se tornaria exportadora e necessitada de escoar, via exportação maciça, excedentes da sua enorme produção, processo que exigiria  permanência na manutenção de dominação com mão de ferro.
     Marca a Inglaterra mais que uma potencialização econômica, também, uma produção de forte influência e ascensão já consolidada, reclamando a busca de mercados em que se associaria aos naturais, aqui entendidos os autóctones, na sua desenfreada exploração de toas as formas capitalistas, transformando-se em potencia exploratória, portanto imperialista.
     É evidente que as nações dessa maneira exploradas, seriam, e, se tornariam  muito mais consumidoras de manufaturas do que mesmo industrializadas, sem domínio  muito menos não   dominadoras de tecnologias uma vez que não lhes foram repassadas, senão a sanha da ganância capitalista e os altos rendimentos com trabalhos semi escravizados, quando não com baixa remuneração.
      Se os processo permitiam a atividade econômica e o desenvolvimento dessas nações, verificar-se-á, por outro óbice, uma total dependência geradas a partir desses Estados que vão se tornar mercados consumidores e importadores carreando divisas para as exportadoras, submetendo-se à exploração dos seus recursos naturais e ao fornecimento de matéria prima a preço irrisório quando não expropriados ou fornecidos gratuitamente como resultados de acordos duvidosos e secretos feitos com os locais dominadores sobre as próprias populações, os chamados caudilhos, obrigando e submetendo as populações sob a mais profunda dependência econômica, política e social continua e infame permanentemente.
(Trabalho ofertado à PUC durante curso, pelo Autor).

      

terça-feira, 24 de março de 2015

HISTÓRIA DA AMÉRICA

                                             
         As transformações ocorridas na América Latina entre 1870 e 1930 e seus impactos econômicos, sociais e políticos. Essa será a apresentação que faremos tendo em vista maior compreensão do alcance de um continente sempre andando na contra-mão da história dos continentes em que a civilização e a “barbárie” ultrapassaram essa negra fase.
         Não parece tarefa fácil analisar a América Latina em toda a sua dimensão bem como em todos os seus desdobramentos, mormente por oferecer nuances e diversidades tão díspares quanto culturais e geográficas, além das condições e circunstâncias envolventes.
       Se, num plano prático não se deve falar em uma América divorciada dos antigos colonizadores, será preciso estabelecer e ter sempre em mente que as diversificações culturais introduzidas e plantadas pelo colonizador, se revezam num fenômeno de justaposição, por substituições das diversas culturas introduzidas e o predomínio da cultura imposta de cima para baixo, aqui entendido as culturas nativas que tiveram de submeterem-se.
          Remontando aos iniciais colonizadores (Portugal e Espanha), fica evidenciada que a escalda competitiva daqueles dois países, conflitaria com outros interesses desprezados e não consultados, quais seja, as populações autóctones, agudizada pela alternância de introduções culturais quando ocorria alternância dos domínios culturais, verificando-se mesclas e matizes ajudados à introdução de influencias conforme as concepções existentes e aceitas nas metrópoles, não parando aí a obra colonialista, todavia se sucedendo sob ao olhar arguto de outras potencias.
        As chamadas lutas independentistas ocorridas por toda a Europa resultando na expulsão dos colonizadores, e, na formação e formulação de varias nações que se emancipam politicamente, trazem significados e apropriações que substituem as influências, mui especialmente abandonadas velhos sistemas exploratórios, em contínua expansão e transformação.
         Podemos dizer que durante a fase colonialista a América se expecta pela exploração tendo como base precípua a exploração extrativista das suas riquezas naturais expropriadas aos naturais da terra (aborígenes) quer a exploração de metais e pedras preciosas, quer a extrativista, quer o trabalho escravo amenizado por uma Igreja católica servil e bajulado ora nomeando de trabalho “compulsório”, chancelado por ela como resultado das visões européias acerca do que era ou não “civilis”, “barbárie”, etc., etc. quer a exploração em larga escala da matéria prima que representaria o pau brasil, a implantação de extensas áreas em,pregadas na plantação da cana-de-açúcar, assim como a criação extensiva de gado “vacum” de intensiva a extensiva tudo com o intuito de transferir para a América a função de prover as necessidades da Europa e não só da Colônia, mas socorrendo as necessidades de abastecimento e demandas das metrópoles além mar sempre em disputas e guerras de ocupação e conquistas esfaceladas além mar.

(1ª parte. A continuar).

segunda-feira, 23 de março de 2015

MEDIEVALISMO E SARNEYSISMO

                   

          Dificilmente os padrões atuais poderiam mesmo numa visão distorcida, aproximar o Brasil e seus costumes, às práticas medievalistas. O período historicamente apelidado de medievo representa uma síntese das relações de submissão, ao mesmo tempo em que caracteriza o ápice da valorização da terra e estabelece as relações com bases em antigos costumes bárbaros, na fidelidade entre suseranos versus vassalos, criando, assim, laços de dependência, ultrapassada a fase do “beneficium”.
        Atualizado o medievo e ajustado a pratica nossa de cada dia, não há como estabelecer, mesmo fora dos padrões e princípios historiográficos, tamanhas diferenças e latitudes quando nos comparamos e cotejamos nossos costumes, em especial o de amealhar terras e bens em detrimento de populações inteiras, como, se verifica, no Estado do Maranhão aonde o clã dos Sarney conseguiu inexplicavelmente amealhar e arrebanhar contingentes enormes de pessoas apoiadoras e acumular imensas glebas de terras.
        Alguém poderia dizer que o chefe do clã, serviçal incondicional dos militares em certo período da história do Brasil, referentemente aos golpistas militares  de 1964, e pós, permitiu e abriu mão, não sem contrapartida,  para que os Sarney conseguissem, a custo da miséria das populações daquele Estado e das sangrias  de cofres públicos,  sem vigilância, mas capaz de comprar silêncios e conivências, fosse o condutor natural para o enriquecimento do suserano maior daquele Estado decano vergado pelo tempo que envelhece, também, os canalhas.
          Mostra a história uma espécie de “comitatus” prática oriunda dos poderosos, permitindo solidificar numa sociedade agrária, sem nunca ter sido gregária, mas capaz de concretizar um sistema tudo por tudo feudal com a aquiescência e aprovação da igreja católica, aliás, religião apadrinhadora dos Sarney, só para nos limitarmos ao Estado infame e triste do Maranhão.
        Beneficiaria sempre direta da rapinagem, da fraude e do roubo a Igreja Católica sangrou nações e mais nações, apoio diretamente e sem pudores todo tipo de tirano, desde que fosse repartido por estes escolhidos e “abençoados” os despojos das nações, dos povos e das populações.
         Quando se observa a cerimônia de transmissão da gleba ou feudo aparatosa e impressionista, a idéia era causar impacto nas mais circunspectas e impactantes formalistas ações e rituais, seguindo e obedecendo a parâmetros ditados “à priori” pelo criminoso conjunto religioso denominado catolicismo apostólico romano, cujos parâmetros seguem rigorosos e abarrotados de desproporcionar formalismo, porém capazes, por si, de criar nas mentes do homem medieval a certeza da aprovação, pelos mais poderosa donos do mundo, no caso, a “Cúria ladra e criminosa representada por papas e prelados”.
   Embora no costume baseado, por isso chamado consuetudinário, desprezava a lei escrita, aliás, inservível, desde quando a legislatura era ocupação e vontade do Papa e da Cúria Romana mentirosa e ladravaz, muito mais na palavra empenhada envolvendo personagens pertencentes e exclusivas da aristocracia centralizada e representada no Suserano versus Vassalos, mas tudo sob as bênçãos aprovadoras e abonadoras, além do testemunho favorável da Igreja romanista, afiançadora das transações e doação “inter-vivos”, observadora das condições impositivas e obrigacionais em que as tais relações pessoais se baseava no “juramento” que obriga à nobreza a submissão do suserano.
          O feudo assim chancelado pela Igreja Católica assumia o vassalo miserável e infame peça do tabuleiro dos ainda mais  infames usurpadores, ainda que a título religioso e de salvadores das suas pobres e desinformadas almas, concluindo a finalidade da terra ou da gleba, também o obrigava a socorrer o suserano quando, e, se solicitado, tanto em dinheiro quanto mantimentos, em soldados e víveres segundo as necessidades e apelações nas questões militares.
        O processo de ruralização numa Europa que se fragmentara pelas disputas, necessitava e exigia urgentemente a união de forças em torno de certas ideologias de dominação para a expansão dos suseranos e influencia nos negócios de Estado, identificando-se como sendo o mesmo que se transformaram antigas “vilas” romanas dos tempos de apogeu do Império Romano após ser vencido, em cidades com o conseqüente desenvolvimento urbano que a aglomeração paulatina de pessoas, provocaria.
         Essa expansão contaria com a compreensão e visão, ainda que distorcida dos suseranos, ao contrário de um Maranhão em que não foi cedido um palmo de terras as populações marginalizadas no que hoje é considerado o maior bolsão de miséria e infames, sucedendo nos poderes internos e na nação, os seus membros, ainda que na dissolução da ética e economia de um povo, sem contestação e com a aprovação dos governantes maiores que a tudo fizeram vistas grossas numa aberração da compreensão do que seja “valor social da terra e função social”, não permitindo a expansão nem qualquer disputa entre suseranias e vassalagens, mas explodirão e eclodirão em guerras de disputas, o que jamais aconteceu no Maranhão com a mão de ferro dos Sarney, com o jagunço assalariado pelo emprego do criminoso bacamarte, com policiais corruptos e a seu mando, com os  poderes constituídos, Juízes e Judiciário subalternos e comedores e recebedores das propinas e migalhas lançadas das mesas dos Sarney em pagamento pelos acobertamentos cínicos e criminosos.
         Não existe até 1988 um só juiz, um só desembargador, um só alto servidor público do Estado que não tenha beijado as mãos do Sarney pedindo e implorando suas nomeações.
             Não     foi um processo que se estabeleceu sem a aquiescência dos poderes, dos juízes nomeados e indicados, dos desembargadores silentes e criminosos, omissos e que precisarão de julgamentos da história, não se verificando, por culpa desses agentes e atores nem invasões nem ocupações para alargamento e anexações de territórios através dos processos dinâmicos como o trabalho da terra, posse e ocupação pacíficas, etc., etc.
        O vassalo membro da nobreza, em regra, se obrigava e abrigava-se a socorrer o suserano com todos os seus bens. As relações feudo-vassalo e as chamadas relações de produção, outro capítulo especial, obrigavam o dever de fidelidade e reciprocidade, diferente, por conseguinte, da relação servil que dizia respeito ao senhor da terra e o trabalhador que tinha como base a desigualdade e a exploração da sua força trabalho.
          Enquanto o vassalo era o nobre que retirava a sua riqueza do trabalho servil, sua relação com o suserano era subalterna tanto territorial, quanto militar e religiosa.

(Trabalho oferecido À PUC-RIO quando aluno daquela Instituição)

“ANTONIO MACAMBIRA”

                                       
        Quem nasceu lá pras bandas de Itiúba sabe de quem estamos falando. Trata-se de um cidadão nascido e criado na cidade, funcionário público do Estado, com assento de trabalho no Fórum Local, Palácio da Justiça, sendo ele  conhecido dos quatro cantos da cidade.
          Quem conhece o popular “Macambira” pode dizer que conhece um dos maiores patrimônios da terra, orgulho da turma da esquina e, dos apreciadores de longos e bons bate papos. Macambira é assim. Aliás, seu nome verdadeiro atende pelo sugestivo ANTONIO BARBOSA.
         Conhecido de há muito, Macambira e uma dessas pessoas que acalentam muitos sonhos. Em todas as esquinas de sexta a sexta, chovendo ou fazendo sol, descambando granizo ou caindo tempestade, “Macambira” pode ser facilmente encontrado pelas ruas da cidade em longas conversas, dessas intermináveis, verdadeiramente atualizadoras de notícias desconhecidas, ou de pessoas que ainda não caíram no vulgo.
       “Macambira” é para surpresa de muitos, um crente em Jesus, convertido e batizado segundo a Bíblia Sagrada na Igreja Batista de Itiúba a qual tive a honra e o privilegio de dirigi-la por algum tempo, trabalha com meus amados irmãos e reorganizar o que tem de ser. Tanto é verdade que, anualmente o Macambira organiza um quadro na Igreja mostrando a história dos Batistas em Itiúba, de como alcançamos o Evangelho, sendo ele um dos mais sistemáticos e competentes secretários da Escola Bíblica Dominical com seus bem elaborados relatórios aos domingos de fazer inveja aos mais organizados, e lá estão fotos e histórias que seu zelo publica, contando-me e considerando-me um dos “Evangelistas” que passaram por Itiúba e pela Igreja.
          Para que ninguém se engane e não cometa equívoco,” Macambira” além de ser patrimônio da terra é, portanto, um crente sem dúvida, e, pregador do Evangelho.
        Louco por futebol desbanca qualquer que teime em estabelecer qual a melhor seleção de Itiúba em todos os tempos. É, na verdade, uma mini enciclopédia capaz de relatar histórias de muitos anos, de pessoas e coisas, da política e da vida social, da história da cidade, conhecedor profundo do seu povo, e assim,  entreter seus ouvintes. Querido e amado por todos, tive de ajudá-lo na sua dor, quando um moço da cidade assassinou seu filho de apelido Jegão que o tempo se encarregou de apagar e cicatrizar a terrível e dolorida ferida do “Macambira”.

          Um bom sujeito. Mil anos de vida ao “Macambira”!!!!

quarta-feira, 4 de março de 2015

DILMA E AS RELAÇÕES EXTERIORES



                          
       Semana que passou a Senhora desastrada Dilma Mandona no que não lhe pertence, cometeu mais uma das suas centenas de infames gafes, comprometendo e expondo-nos como brasileiros perante o mundo.
       Ocorreu que ela deixou sem atendimento e sem receber as credencias do Embaixador da Indonésia.
       A emburrada presidenta do alto da sua incompetência moral e administrativa, simplesmente humilhou deliberadamente o Embaixador daquele país, insatisfeita, ainda, e, remoendo a dor pela morte do bandido traficante que foi executado na Indonésia por ter entrado com 14 quilos de cocaína, ter ele matado e assassinado direta e indiretamente muitos viciados e familiares, assim como causado a ruína de muitos lares, uma vez que a atividade do traficante brasileiro consistia apenas em traficar conforme suas próprias palavras.
       A infame e incompetente presidenta deste triste Brasil, nem ao menos considerou que, na Indonésia as leis são cumpridas, seus juízes julgam e aplicam as leis que os seus políticos aprovam, em vez dessa esbórnia e calhordismo que é o Brasil onde se matam duas, três, quatro pessoas, paga-se uma fiança, e, sai o bandido ou assassino flanando pela porta da delegacia
            Quando preso, como o caso dos seus comparsas ,mensaleiros ficam dois meses na Papuda em celas que hoje se sabe possuía todo tipo de mordomia para atender aos sacripantas do PT, ajudados e convenientemente acolitados por um Supremo de fancaria, que troca nomeações de ministros por deslealdades contra o povo, inexistindo qualquer sintoma de justiça e independia moral, senão o agrado e o mimo em favor dos asseclas que os nomeiam, se acaso acontece, os juízes rapidamente e lenientemente concedem  liberdade. Se rico e poderoso o bandido, nossos juízes aplicam as leis fajutas e calhordas do país premiando com ‘PRISÃO DOMICILIAR.
         Só no Brasil o sujeito pode cumprir prisão domiciliar. Doce prisão. Triste e infame Brasil a atravessar e a penar nessa triste quadra da sua história. Espero que passe com a queda do PT; verdadeiro partideco de ladrões e desocupados, além de batedores de gordas carteiras da Nação.
        A ignorante e incompetente da Dilma, simplesmente mandou de volta o Embaixador sem recebê-lo em palácio, nem ao menos as suas credenciais, e, pior, não apenas deixou-o sentado nos corredores enquanto recebia credencias de países dirigidos por ladrões como os da África, países aonde ela e o seu patrono e mentor chamado Lula enterraram o dinheiro dos nossos impostos através de obras de fachada e lavagem de dinheiro, para camuflar empréstimos que jamais serão devolvidos ao pais, trocando e vendendo a honra de um bandido traficante pela grandeza do que um dia foi o Brasil.
          Pois bem, presidenta ignorante; Fique sabendo que na Indonésia a pena de morte consta da constituição daquele país onde não são admitidos traficantes a desgraçar as vidas das pessoas. Todos os dois traficantes brasileiros, tenhamos certeza, servirão para abrir caminho e os olhos para outros milhares de traficantes brasileiros que jamais se dirigirão a Indonésia, pois, sabem que, lá a lei é lei, e não essa porcariada do Brasil.
        Por outro lado, este último é um covardão, é um chorão, está apavorado na medida em que os dias para sua aventura aqui na terra se aproximam com o pelotão de fuzilamento, declara que ficou doente, na medida em que a aplicação da lei está se aproximando. Trata-se de bandido de família do sul, muito rica, foi criado com todos os mimos e tendo e recebendo o que a maioria não recebeu.
          Destruiu, vendendo por pura ganância, a droga chamada cocaína conhecia de muitos anos o país, e, não se trata de inocentes rapazes aventureiros. Por suas mãos muitos foram mortos pelas drogas, muitas famílias foram destruídas só para o deleite dos bandidos brasileiros que trataram a Indonésia subestimando suas leis, talvez e, possivelmente acreditando que, como no Brasil, o crime compensa. Lá não compensa. Quebraram as caras.
      
          Deus concedeu livre arbítrio aos homens. Quando praticamos algo que ofende a humanidade, temos de pagar, é a lei do retorno e da responsabilidade.
         Se  pudesse e tivesse um conselho que não me será pedido, diria: Arrependa-se, aceita a Jesus e assuma sua miserável e criminosa vida.