O que você quer saber sobre História?



Este blog tem como objetivo discutir História, postar artigos, discutir assuntos da atualidade, falar do que ninguém quer ouvir. Então sintam-se a vontade para perguntar, comentar, questionar alguma informação. Este é um espaço livre para quem gosta de fazer História.

domingo, 20 de outubro de 2013

JUSTIÇA DIVINA OU CRIMINALIDADE DESVAIRADA?


        Essa semana que passou a televisão noticiou com estardalhaço sobre as mortes de quatro bandidos que assassinaram o garotinho boliviano chamado Bryan, em São Paulo.
       Para quem já não mais se recorda cinco bandidinhos da pior vagabundagem do país, invadiram um cortiço infame e miserável de alguns bolivianos e intimaram a que os pais do Bryan entregassem todo o dinheiro que eles haviam juntado em são Paulo como resultado de trabalho servil e escravo. Mas dinheiro honesto.
          Na ocasião, o pequeno e inocente Bryan entregou uma moedinha que guardava
 no cofrinho para comemorar o seu aniversario que seria na semana seguinte. Assustado o pobre menino de cinco aninhos começou a chorar, sendo ordenando por um dos bandidinhos que se calasse. Um  menino apavorado, não parou. Resulta que o bandido desferiu um tiro de arma de fogo na cabecinha do Bryan tirando-lhe a vida.
        Sete dias após os bandidos fora presos, e entregues ao centro de detenção. Apareceram dois deles mortos no pátio da prisão, provavelmente e supostamente envenenados. Sete dias depois do hediondo crime, sem que a sociedade soubesse, os dois outros bandidos já haviam sido justiçados por desconhecidos, mas só agora depois de exames de DNA confirmados se trata daqueles bandidos.
          Resta um bandidinho preso sob a mais severa proteção e anonimato. Trata-se de um menor que participou da hediondez. Bandidos que querem curtir a vida sem estudar e sem trabalhar para ganhar “as mina” e curtir os horríveis bailes dessas periferias, celeiros de bandidos e incontroláveis bandidos.
          A pergunta é: Será que se tratou de mortes efetuadas pelo crime organizado? Será que agora os bandidos são os que fazem justiça? Será que o sistema faliu e apagou de vez?
        Pessoalmente sou levado a acreditar que foi feita uma grosseira justiça desvairada de bandidos que apenas se sentiram incomodados com as batidas feitas pela policia em busca dos assassinos. Bandido não pratica a justiça. Matam por motivos egoísticos. Deveriam acertar a justiça inerte, morta e cambaleante ébria de indecência e imoralidade vendendo sentenças e deixando de aplicar as leis que ainda restam no país.
         Quatro deles pagaram com as vidas as suas próprias vidas de crimes. Mas não posso me negar a reconhecer que, JESUS um dia disse a Pedro que cortou a orelha de um soldado chamado Malco que guardasse a sua espada com a qual havia ferido mesmo soldado, dizendo que “com quem ferro fere, um dia será ferido”.
          Tenho observado durante esses quase quarenta anos de advocacia que os bandidos armados sempre morrem por armas de fogo.
         Sou propenso a acreditar numa Justiça Divina e infalível. Deus usa os homens como quer e deseja. Ou não?
        Cadeia a todos os transgressores da lei, ainda que se travestidos de justiceiros.

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ASSALTO AO CORREIO DE ITIÚBA


          Se a memória não está enganando o escriba, foi por volta do início dos anos 1960 que um fato inusitado ocorreu em Itiúba gerando dores de cabeça para pessoas inocentes, inclusive.
          Chegaram para trabalhar na agencia dos correios de Itiúba duas mulheres. Uma de nome Maria Augusta franzina de cabelos curtos, e, outra, de nome Geralda gorduchinha e simpática. Dentro de alguns poucos meses, a Maria Augusta assumiu sua personalidade, cortando os cabelos bem curtinhos como os homens, e passou a vestir-se de calças masculinas, inclusive as camisas e a falar grosso. Geralda era a “menina”. As duas viviam em mancebia feminina próprio das lésbicas assumidas.
         As pessoas que iam ganhar a vida em São Paulo enviavam dinheiro para os seus familiares que chegava dentro de envelopes apropriados, com um espelho transparente na face indicando a quantia. Era o chamado envio postal.
         O “casal” que morava na própria agencia, de repente começou a farrear e adquirir animais de montaria, promovendo festas homéricas regadas a muita bebida.
        De repente, estourou o noticiário. O correio havia sido assaltado na madrugada, as “mulheres” foram, na sua versão, amarradas e espancadas, o dinheiro havia sumido pretensamente levado pelos misteriosos ladrões. Investigações, viagens para a cidade vizinha de Queimadas, apurações e investigações da Polícia Federal e outras, até que tudo foi desmascarado. As duas haviam surrupiado o dinheiro da agencia e dos pobres que iam para São Paulo, simularam o assalto, numa tentativa para encobrir tanta farra com o dinheiro alheio, já que não existe nada que, feito às escondidas, não venha um dia a ser descoberto.
         Os demais funcionários que nada tiveram com as estripulias das “meninas boiolas” tiveram de comparecer em viagens pontuais até que o processo terminou com a apuração e comprovação da ladroagem das duas.
       A farsa foi desmontada, as duas perderam os empregos e se escafederam pelo mundo do meu Deus, depois do vexame e da vergonha que levaram para a cidade.
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A FARSA DA INDEPENDENCIA




        No Brasil a história marca sempre um retrocesso. Talvez por ser ufanosa, os historiadores falseiam a verdade e escondem fatos para proteção das nossas mazelas. Refiro-me, com propriedade à comemoração da data do sete de setembro como se fosse verdade que a nossa independência tenha sido feita ou realizada nesse dia.
          Costumo dizer que não entendo como os historiadores não se revoltam e repõe a coisa nos trilhos e nos seus devidos lugares para o esclarecimento da verdade.
        Imaginemos um sujeito que governava o Brasil que tinha ido ali, na calada da madrugada, no quase anonimato para  “descarregar” suas gônadas” lá pelos lados de Santos, numa certa fazenda de café, aonde mantinha a teúda e manteúda, como se dizia antigamente, chamada Marquesa de Santos a quem tirava do pobre império para dar e conceder à dita, pelos favores sexuais concedidos regiamente, os prazeres do insaciável imperador dos brasileiros.
         No caminho para descarregar os intestinos apodrecidos com as comidas e os petiscos da tal da marquesa, ao que parece boa de carinhos e cama, mas horrível cozinheira.
          Prostrado a emporcalhar as margens do córrego do Ipiranga, simples filete de água poluída pela desinteira do monarca, acocorado, quando lá chega um sujeito chamado Bragança que era o leva e traz do correio, montado no seu burrico a entregar cartas vindas de Portugal, que a traída imperatriz resolveu enviar para conhecimento do traidor e infiel Pedro I, desafortunado pregador de cornos nas suas mulheres.
          A dor- de- barriga estragou o humor do imperador. As tripas doloridas e a cara da cor de cera se deslembraram quando leu os conteúdos das missivas de Portugal. Levantou cambaleante e deu aquele brado de mentirinha montado nos seus jumentos e burricos, pois, não existiam cavalos, salvo no quadro ufanista do pintor que quis engrandecer a cena. Ufanismo puro desmerecido e mentiroso.
          Aí vem mais uma mentira, pois o SETE DE SETEMBRO não foi o que nos contaram quando meninos. Existe uma data decente que o sul maravilha nos roubou e que é a verdadeira data da independência do Brasil, esta, sim, que deveria ser comemorada que é o 2 DE JULHO DE 1823 quando as tropas da Bahia viram desaparecer no mar da Bahia, em direção a Portugal definitivamente e com rendição assinada, o general Madeira de Melo.

BABILÔNIA E A CONSTATAÇÃO DA HISTÓRIA.


          Quem abrir a bíblia e se dispor a lê-la com olhar atento e sem preconceitos, será capaz de descobrir que a destruição da magnífica Babilônia foi decidida muitos anos antes, por decreto imutável do Senhor. O relato encontra-se na profecia do grande profeta Isaías que viveu cerca de oitocentos anos antes de Jesus cristo. Na sua profecia que é encontrada no capítulo 13 versículos de 1 ao 22 do Livro de Isaías, é cheio de pungente e dolorida revelação.
         Babilônia, em termos comparativos, segundo os historiadores, se assemelhava a atual Nova Iorque com toda a sua riqueza acumulada, dominando e reinando sobre todos os povos da antiguidade. A profecia estabelecia, nesses termos, a saber: “Nunca mais será habitada, nem reedificada de geração em geração; nem o árabe armará  ali a sua tenda, nem tão pouco os pastores ali farão deitar os seus rebanhos”.
        Em 1942 um estudioso da bíblia e teólogo da Torre de Vigia da America do Norte, resolveu estudar a integridade da profecia e viajou para o Iraque, sendo seu desejo constatar o seu cumprimento real. Em lá chegando, organizou uma pequena comitiva de carregadores árabes, de barracas e petrechos, e rumou para as ruínas da antiga Babilônia ou o que dela restou.
          À medida que se aproximavam das antigas ruínas, sentiu uma inquietação entre os carregadores e pode ver que se cochichavam entre si,  insistentemente, até que veio a hora de acamparem nas imediações, antes do sol poente, arreando barracas e petrechos, tendo sentido que havia aumentado  o desconforto irrevelado dos carregadores, todos árabes.
       De longe, lá no acampamento avistavam as ruínas brancas dos antigos palácios e ruas, os adobes e tijolos tisnados pelos sois daquela parte, quando se viu curioso e chamou o chefe da comitiva de carregadores, indagando-lhe o porquê daquele reboliço entre os seus companheiros, tendo ouvido a resposta de que eles não pernoitavam por aquelas bandas, mas que não sabia explicar os motivos. Prometeu o teólogo pagar o preço dobrado, obtendo a promessa do chefe dos carregadores que ficariam e entrariam na manhã seguinte, nas ruínas babilônicas.
          Só após, estafados foram todos dormir. Na manhã seguinte, não havia um só homem dentre os carregadores árabes. Durante a noite, e, para não constranger o contratante dos seus serviços desapareceram na madrugada e sequer voltaram para reclamar qualquer pagamento. O explorador e estudiosos se viu sozinho na ermidão do deserto.
          A profecia foi  então totalmente entendida pelo estudioso no que diz respeito ao “árabe não armar ali a sua tenda nem pernoitar”, conforme expresso no versículo 20 transcrito. Os árabes simplesmente e certamente conhecem o seu significado.
          Quem não se recorda do presidente Sadham Hussen do Iraque? Poucos ou quase ninguém sabe que ele estava reconstruindo Babilônia num projeto secreto, vindo a ser conhecido e revelado com a invasão pelos norte americanos. Seu final foi desastroso para ele e seus familiares, portanto do conhecimento geral.
         Em todas as passagens bíblicas em que a punição foi a destruição total, a exemplo da antiga cidade de Jericó, sabe que a proibição de reconstruir cidades destruídas pelo Senhor tinha de ser cumprida. Salvo, se não tivesse a proibição de sua reconstrução. Sobre a cidade de Jericó teve um cidadão que pretendeu e até intentou reconstruí-la sendo que o seu final foi o mesmo de Sadham Hussen. A morte. Inclusive dos seus familiares.
          Antes de desmentir a bíblia, você precisa estudá-la com muita atenção.
          Pense nisso.

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BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS DO MEU TEMPO


          Fico invocado, como se dizia antigamente, quando vejo crianças batendo pés nos shoppings espalhados pelas cidades, exigindo esse ou aquele brinquedo.
         Recordo-me dos meus brinquedos em Itiúba da minha infância. Saia fugitivo e sorrateiramente a catar maços vazios de cigarros como o Astoria, o continental, o Asa Branca, o Hollywood e outros.Recebia quem chegava primeiro a pedir.
          Os negociantes não nos negavam. O Bar do Carlos Pires era o preferido. Normalmente eram encontrados na lixeira que ficava nos fundos do bar, apanhávamos e levávamos para casa ande dobrávamos cuidadosamente para servir como mercadoria de troca nos jogos que eram inventados.
          Outra brincadeira saudável era o pião. Quando tínhamos dinheiro, comprávamos na venda (armazém), do senhor Valdo Pitanga, os chamados peões torneados, ou seja, de fábrica, afinal sendo um verdadeiro luxo, porém para poucos. Quem não podia comprar, se satisfazia mesmo era com os peões “carrapetas”, feitos a facão, e, de umburana- de -cheiro que era menos resistente.
        Os indefectíveis fura-pés eram feitos de pedaços de arames que jogávamos a enfiar na terra a partir de dois triângulos cuidadosamente cercados até não deixar lugar para que pudesse passar uma linha que era traçada pelos adversários.
        Os meninos do meu tempo não eram doentes nem revoltados. Brinquedos de fábrica eram raros e de poucos. Como era gostosa a nossa infância!
        O namoro era caso à parte. Apenas  singelos bilhetinhos, mas  sem toques, sem abraços e sem afagos.
        Como era gostosa a minha infância!
         E saudosa!

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A PROSTITUTA E O BANHO DE FEZES


          Essa história é dividida em dois atos, sendo de todos os idosos de Itiúba conhecida, pelo menos, os mais antigos. Se passou na cidade de Itiúba semiárido baiano e serve como libelo acusatório à impiedade e a maldade das pessoas, devendo ser vista como aviso aos incrédulos e aos que não acreditam na justiça superior.
          Numa casa que ficava situada no pasto da fazenda do senhor Valadares, imediações da cidade, rico comerciante hospedou uma prostituta em casa recanteada e secreta, em troca de favores sexuais. Era uma bela mulher. Chamemos o homem pelas inicias V. P. E a esposa ciumenta e irascível, D.
        Comerciante casado foi descoberto o ninho de amor. A esposa chamou um jagunço da cidade que lá existiram muitos e, sob pagamento, para que desse uma surra na mulher e em seguida lhe aplicasse um banho de fezes humanas.
         Dia aprazado o jagunço compareceu na calada da madrugada à casa da pobre mulher, conseguindo, sob artifícios, adentrar a intimidade da humilde casa. Primeiro, aplicou-lhe uma surra desumana sob todos os aspectos e, em seguida, derramou sobre a cabeça da desafortunada alguns recipientes que tinha preparado adredemente, de fezes humanas, apanhadas numa cloaca imunda das imediações, líquido nauseabundo e pegajoso, deixando em seguida a casa da pobre e desafortunada mulher.
         Justiça não se lhe fez. Era uma pobre brasileira órfã da justiça dos homens. Acobertou-se o crime nauseabundo e hediondo. A mulher retirou-se para Salvador nunca mais tendo retornado à cidade da sua infelicidade que a conspurcara de vergonhas.
         Segundo ato. Algum tempo depois, o jagunço enlouqueceu na mesma cidade. Ninguém nunca soube ou o viu tomar um banho de água. Porém, não resistia a espojar-se sobre fezes humanas onde quer que as encontrasse, sujando-se da cabeça aos pés, morrendo nessa condição de louco sob a mais infame a abjeta miséria humana, fatos assistidos e testemunhados pelas pessoas da cidade.
          Parentes da desafortunada mulher que chegavam do Salvador, apenas informavam que na capital “o sapo estava sendo costurado a boca ,e, o troco do malvado homem estava sendo providenciado”. Acredita-se que fizeram bruxarias para o jagunço.
          A mulher, lá em Salvador, terminou por casar dando luz a uma menina que se tornou uma das mulheres mais belas que, por ironia da vida, veio a casar-se com um cidadão de Itiúba. Era de uma beleza estonteante que refletia o que a sua mãe houvera sido. Não dou o nome para preservar imagens.
          Antes de dar um banho de fezes no próximo, melhor seria olharmos para dentro de nós mesmos. Abaixo do céu e acima da terra, certamente existem coisas que a nossa vã filosofia é incapaz de explicar.
        Nem tudo que pensamos, sabemos!

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VAVÁ-BOM-NO-PÓ


         Era um homem completamente esquelético. Os braços desafiavam a lógica por não possuírem músculos. Tentava ser simpático com as crianças. Naqueles tempos não existia muito essa coisa de pedofilia, de modo que os mais velhos brincavam com as crianças e nós confiávamos nelas.
          Ele morava na casa aonde nasci na Rua do Alto, numa esquina, e que hoje pertence a uma minha irmã, também nascida lá na mesma casa. No tempo, pertencia ao senhor Antonio Castro comerciante da cidade.
          O Vavá-Bom-no-Pó apareceu em Itiúba, do nada. Diziam ter vindo da capital do Salvador e era envolvido com feitiçarias e adivinhações. Parecia um ser macabro. Havia muito mistério. Chamava a nossa atenção por ter o cuidado de distribuir balas de confeitos com a meninada, entre as quais o escriba, relatador da história. Era uma festa. Mas, não entrávamos na casa de modo e forma alguma. As crianças são precavidas e, mesmo na infância inocente tomávamos algumas precauções.
       Como se dizia, pé na frente, um pé atrás. E pronto.
         Dificilmente avistávamos as pessoas que lá moravam. Eram pessoas taciturnas e cheias de segredos daí todos atribuírem que vivia de fazer feitiços e bruxarias, evitavam serem vistas e não faziam amizades com a vizinhança, as pessoas diziam que atrás da porta da casa tinha uma negra de cera com um toco amarrado à cabeça. O universo infantil é deveras farto.
       Eles sumiram como apareceram. Alguns diziam que eram ladrões, pois ninguém nunca os viu trabalhando embora viajassem sempre de trem em idas e vindas que se dizia e se acreditasse fosse para a Capital. Eles se escafederam e nunca mais se ouviu falar deles.

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EMBARGOS INFRINGENTES-VAMOS DERRUBAR O PAÍS.


          O Brasil acaba de ouvir o último som da ópera bufa de dentro do plenário do Supremo Tribunal Federal, aquela que é a maior Corte de Justiça do país recebendo os inexistentes embargos infringentes. Na verdade nós estamos ferrados. Pacifista juramentado que sou, nunca deixo de pregar a revolução com a consequente tomada do poder, a queda e a dissolução dos três poderes escancaradamente, uma vez que se viciaram e se forjaram em negar o direito e a justiça ao povo, mascarando a realidade da existência brasileira sem a mínima consideração, embora sustentados os  poderes pelo suor do povão.
        Povão que se encontra anestesiado e mergulhado na mais profunda letargia, que desconhece o sentido da lei e da  justiça, que paga e sustenta um monte de ministros que acintosamente julgam contra o povo, seu mantenedor, desrespeitam juramentos por terem, simplesmente, abjurado do mais elementar desejo de fazer e operar o direito, que nunca se comprometeram.
          Essa semana o senhor ministro, só mais um deles, deu o seu voto de minerva no escabroso, imoral e indecente julgamento dos ladrões do mensalão sobejamente esgotadas as provas que contra eles foram acumuladas, indubitavelmente, em apurações longas do processo, tanto na fase da polícia, quanto na judicial.
          Contando com ministros facilmente identificados com os ladrões e com os maiores mimos na busca de descriminalizá-los, muitos daqueles ministros frustraram o povo que assistiu por tanto tempo aquele desenrolar penoso e imoral do jornadear processual.
          Ministros que são nomeados por indicação política que obedecem com as cóleras atadas as seus pescoços com pose de defensores da lei e da justiça quando são os piores embromadores e enroladores para safar os ladrões do poder que os nomeou. Agradecidos e beijadores de mãos podres de ladrões da coisa pública, os ministros podem descer dos saltos da “prefalada vida ilibada”, pois nada mais são que abutres e indiferentes aplicadores do “nada, com nada, ao nada”.
          Os tais embargos não existem na burra constituição brasileira. Nãom existem no código penal, não existem no código civil, apenas existiram nas Ordenações Filipinas que, como o nome indica, era a legislação que vigia no tempo de Filipe, rei de Espanha e Portugal, durante a União Ibérica.
         Essa farsa absurda decorre de estarmos num país de cegos e amorais; de safados e oportunistas; de corruptos e corruptores articulados para usufruírem do país sem nenhum compromisso. O egoísmo, a perversidade, a bênção sobre larápios e safados ladrões da coisa pública, dos mancomunados e dos desafetos oportunistas que dominam os poderes que deveriam ser luzeiro e caminho para bons exemplos e vida ilibada.
          Decaído e prostituído está o irrecuperável Brasil. De homens que se apossaram dos poderes para vilanias, para abençoar ladrões e corruptos, enquanto prendem ladrões de galinhas e furtadores de potes de margarinas e latas de leite ninho nos supermercados da vida. Estes sim, execrados e condenados a penas terríveis. Devíamos prender os seis ministros do supremo, lançá-los nas masmorras, pois, certamente não tenhamos dúvidas, que alguns foram, nas caladas das madrugadas, comemorar com os bandidos que o povão tanto deseja ver nas cadeias.
          Que esperança este país “merdeleco” pode manter com tais homens ditos públicos?
          REVOLUÇÃO JÁ! DERRUBADA JÁ!

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“Coração de mãe”


         Foi uma confusão em família.
         O Serviço de Alto Falantes a voz de Itiúba, pertencia ao Bertinho. Disso ninguém duvidava. Seus locutores eram o Fernando, o Huguinho, salvo engano, e o Isnard de tia Maricota. Se existiram outros e, certamente existiram não me recordo. Eu já fui um jovem embora algumas pessoas teimem em duvidar que já fui.
        O cantor Teixeirinha, ao que se sabe gaúcho, lançou uma música chorosa e exploratória chamada “coração de mãe” que as pessoas apelidaram de “churrasco de mãe”.
        Muito tocante, era absurdamente tocada pelo serviço de alto falantes do Bertinho di e noite de modo quase irritante. Mas era uma musiquinha muito tocante e bonita. Falava de um menino que voltava da escola quando de longe avistou o ranchinho eira-chão tocando fogo terminando por revelar que sua mãezinha foi queimada com os trastes.
          Ocorre que havia uma senhora chamada Dorinha casada com o senhor Wagner que se derramava em, toda vez que ouvia o rosário de infelicidades da música mentirosa do Teixeirinha, sendo conhecido de todos que a mesma se desmanchava em lágrimas recordando e encarnando a sua falecida mamãe.
          A Dorinha era irmã do Fernando o locutor, e, do Bertinho do dono do serviço de alto falantes. Ela mandou alguém invadir o serviço e quebrar o disco. Era um bolachão de 78 rpm.
        Pois é, nunca mais se ouviu o coração de mãe do cantor Teixeirinha. Nunca ouvi alguém dos Carvalhos falar essa história. Por que será? Rsrsrsrsrsrs.

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É APENAS UM PECADO


           Se você não ler e acompanhar o site dos irmãos carvalho, intitulado ITIÚBA DO MEU TEMPO. Nele você vai se deliciar com coisas de um tempo que não volta mais num saudosismo daqueles de apertar e macerar o coração. Mas precisa que você prepare o coração, pois só tem coisas boas e criativas.
       É fácil. Vá ao GOOGLE E TECLE “Itiúba do meu tempo” e se delicie.Só.

        EXPERIMENTE!

sábado, 19 de outubro de 2013

O LEPROSÁRIO DE ÁGUAS CLARAS


          Pode-se afirmar que foi uma bela e pungente experiência. Na sala da OAB no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, um quase menino atendia pessoas necessitadas como parte do seu aprendizado e exigências da Ordem dos Advogados do Brasil. De repente, adentra uma jovem senhora conhecida da Ribeira, e começa a explanar e a pedir, quase que implorando alguém que fosse atender os leprosos em Águas Claras. Ela era uma funcionária da instituição, cheia de abnegação. O meu auxílio era absolutamente gratuito e desprendido.
        Não sei o que deu em mim. Aceitei e passei a prestar assistência àquelas pessoas ali confinadas com suas enfermidades, e sentia uma recompensa invisível, alegria e felicidade, mesmo diante de rostos e membros desfigurados, porém cheios de educação e cuidados para conosco, muito mais do que tínhamos com eles, chegava a ser constrangedor os cuidados que eles demonstravam, como se fosse possível pegar a doença, de modo que se sentavam sempre a favor do vento, bem como distantes prudentemente, e, jamais pegavam em nossas mãos e até nos admoestavam com cuidados.
          A equipe médica e administrativa era composta de jovens idealistas e esperançosos da cura, falando com o mais profundo entusiasmo e orgulho do que faziam. Íamos pela manhã e voltávamos por volta da tarde em uma Kombi, todos apertados. Prestei assistência jurídica tentando resolver questões daquelas pessoas segregadas e afastadas do convívio social e familiar, mas que não perderam suas cidadanias, até o final do ano, quando terminou o meu estágio profissional.
        Foi muito gratificante, e, passados quase quarenta anos não consigo apagar aquelas pessoas do meu consciente, muito agradecido por ter contribuído de alguma forma com pessoas absolutamente necessitadas.
          Meus parabéns e minhas saudades aquele pessoal todo sem exceções.

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UM FILÓSOFO CHAMADO BANDUCA


         O sujeito nasceu, cresceu e se casou em Itiúba. Conheço-o desde muito jovem. Não que a diferença seja lá muito grande. Calmo, uma ilha de indiferença e paciência é como se pode descrever o Banduca, velho Banduca de guerra. Sujeito calmo e pacífico nunca ninguém o viu zangado, cabisbaixo ou mal humorado. É um ser extragaláctico. Pertence a uma família tradicional de Itiúba sendo filho do patriarca e saudoso “JOVEM”sobre o qual já escreve no blog, que resolveu nos deixar em saudade e memória já faz um tempinho.
         Banduca foi comerciante sempre com aquele sorriso fácil, embora meio forçado, mas, afável e educadíssimo, bigodinho fino e barba espantosamente feita diariamente na sua paciência de Job, certamente demorando-se umas duas ou mais horas para escanhoar, próprio mesmo da família Carvalho. É irmão do Bertinho, do Fernando, do Huguinho e do Wilton que não vejo esse, faz mais de cinquenta anos. Mas não traio dizendo a idade de ninguém.
       O Banduca ao que se sabe, jamais deixou a cidade. Assisti ao seu casamento com muita farra e a mocidade desbragada fazendo as gozações. Sua esposa é minha colega na qualidade de professora. Banduca é um desses seres raros que atravessam o mundo sem um inimigo, sem se queixar sequer das dores nos calos e nem de dentes doloridos. Um sujeito espantosamente, e escandalosamente, e, além de  fantasticamente filosófico incapaz de ofender a quem quer que seja.
          Merece uma estátua na praça central. Viva o Banduca. Ele merece.

          Viva o Banduca!

AVISO SOBRE O BLOG


        Desejo avisar aos amigos que por motivo de ter sido operada a minha secretaria que organiza o meu blog, ora operada de apendicite, e, em recuperação, deixamos de fazer as postagens. Tão logo ela retorne, daremos continuidade, dizendo que temos mais de vinte artigos acumulados aguardando postagens cujas visitas alcançam mais de 4 mil e 600.

Muito grato.

BLACK BLOCS


         Ontem a televisão mostrou amplamente e para todo o Brasil a ação da polícia carioca baixando o pau nos professores cariocas no centro da cidade enquanto jogava spray de pimenta, usava cassetetes e armas de choque contra os miseráveis assalariados de fome.
          A cena entre nós pobres desinformados e incivilizados nordestinos é velha e surrada. Os governantes, em especial na Bahia sempre usaram e abusaram dando cassetadas nos professores todas as vezes que se levantaram em movimentos justos e democráticos de reivindicações salariais e outras que sanassem as agruras da classe desvalorizada dos docentes brasileiros de um modo geral. Uma classe em franca extinção semelhante ou a dos micos leões dourados.
        Qualquer tupiniquim sabe que quando os candidatos pleiteiam votos, as bandeiras são: educação e segurança, invariavelmente. Alguns chegam ate com o nome de professores.
         Aqui na Bahia foi aprovada uma lei de plano de cargos e salários que nem Mussolini ousaria, que atenta também via de regra, contra os direitos mínimos dos professores. Leis foram feitas, sem alcançar nada de útil e satisfatório para a classe. Os sindicatos dominados pela pelegada petista, não está nem aí depois que o PT que se auto apelidou de “partido dos trabalhadores”, passou, como todos os da mesma laia, a mandar descer o porrete no professorado.
        Mas, uma nota de felicidade e de alegria começou a surgir como vingança e esperança. Já que professores velhos e alquebrados não podem se defender, apareceu ontem no Rio de Janeiro e, quiçá não desapareçam da vida pública, os heróis apelidados de Black Blocs que Deus há de dar vida longa a eles que são rapazes e moças que se vestem de preto, usam uma máscara para evitarem serem reconhecidos e depois perseguidos pelos governos e policias que não combatem criminosos mas espancam impunemente professores pacatos e pacíficos e, esse rapazes e moças tomando as dores dos oprimidos se lançam e desafiam com paus, pedras, garrafas, coquetéis molotvs aos truculentos policiais e seus mandante assassinos, os governantes que seguram as correntes e soltam os cães em cima do povo desarmado.
         O grupo Black Blocs não deve ser visto como bandidos nem tampouco, baderneiros como quer fazer crer os que nos atacam com bombas de gás lacrimogêneo, cacetadas e armas de choque, espancam e até ferem com tiros de borracha e aplicam nas populações verdadeiras truculências, usam assembleias legislativas distanciadas do povo assim como Câmaras de Vereadores subalternas e servis aos seus governos para oprimir e escravizar o povo, em nome da defesa de privilégios e privilegiados.
          Eles devem ser vistos como paliativos para enfrentar com destemor e coragem os que nos oprimem e nos atacam nas ruas e praças desrespeitando direitos mínimos de reunião do povo e das classes.
       No mais, viva o Black blocs.
       E estamos conversados!!!

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SOBRE O PAÔCO.


        Como sou um irremediável palpiteiro e gosto, sim de dar palpites em algumas coisas, depois de muito matutar, cheguei a uma provável explicação certa sobre o apelido do nosso personagem que viveu em Itiúba chamado e conhecido por paôco.
        Acredito tratar-se, evidentemente, de uma corruptela da expressão P A U   Õ C O”. Essa expressão surgiu faz muito tempo, desde o Brasil Colônia, em especial nas minas da então Minas Gerais. Para escapar dos pesados impostos chamado “O quinto” que era 20% (vinte por cento)do ouro e outros metais retirados da terra pelos mineiros, o governo Português estipulou o imposto que era pago por todos.
        Para escapar da escorcha do governo Português e burlar a alfândega, os mineiros faziam furos na base das estatuas que fossem as imagens de esculturas, que outra coisa não era senão os chamados “santos” da igreja católica e ali, no buraco, que era feito na base, enchiam de diamantes e ouro além de outras pedrarias preciosas até o artifício ser descoberto com penas terríveis de morte e de degredo.
        A expressão “santinho do pau oco” nasceu daí, para explicar pessoas que se faziam de santas para enganar outras pessoas. É possível, e, só os mais antigos, podem deslindar a questão, que o Paôco fosse um sujeito arteiro, daí o merecido apelido. Mas nada é de fato certo. São meras conjecturas. E estamos conversados.

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