Desandado mundo
velho, tão velho quanto a própria existência, nele se desenvolvem os erros e os
enganos, muitos simplesmente pelo justo desejo da contribuição, muitos pelo
desejo de mais aprender. Essa velha discussão se a história é ciência, nos
parece dará muito pano para as mangas, as pessoas se digladiarão, enquanto a
esterilidade da discussão continuará a permear áridos ou bonançosos corações.
De fato não se
pode considerar científico nada que se permeei e se premedite obedecendo razões
e conveniências. O que desejamos discutir é se de verdade a história, em si,
enquanto história pode ser considerada ciência. Não se pode negar que uma coisa
é a investigação da verdade, outra, a interpretação da história. É certo
afirmarmos que o historiador não pode sentir-se um “cientista” puro e acabado,
exatamente por permitir a história a interpretação dos fatos segundo conveniências e envolvidas
as partes. O máximo que se pode admitir, sim é que a investigação se revista de
conceitos científicos, nunca a história em si.
Quando fatos
pretensamente existentes foram revelados ao mundo, certamente envolveu um monte
de interesses e interpretações. Conquanto a história não deva por si ser
interpretada como a verdade única, não se pode nem devemos aprisionar o termo
“historiador como um privilegiado ou iluminado acima do bem e do mal. O
historiador é simplesmente um homem que escreveu sua visão ou o que dela lhe
pareceu pertinente o Fo forçado, pelas circunstâncias, a escrever diante das
conveniências apontadas.Exemplos são muitos, sem contar os que emprestaram suas
penas para escrever inverdades, contanto que os mandatários do momento lhes
encomendassem, sob régia paga, caso das principais cidades italianas e seus
reis ou soberanos que pagavam e sustentavam escritores para escrever a história
convenientemente. São dignos de menção os Médicis que souberam entortar,
ajudados por certos “historiadores”, a verdade dos fatos.
É fato
conhecido que os vencedores sempre escreveram a história ao seu bel prazer,
impondo aos vencidos suas visões e versões. Imaginemos, só para argumentação,
que os militares que dominaram o Brasil pós 1964, durante a ditadura,
consideravam a “revolução incontestável, a redentora, a salvadora”. Essa
postura de servilismo aos conceitos arbitrários, tem feito estrago nos arraiais
dos historiadores, medindo e impedindo, não raro, a sã discussão e debate sobre
os mais variados, tendenciosamente forçando
ao oficialismo da historiografia da maioria preguiçosa e aplaudida.
Não são poucos
os historiadores se debatem e discutem autenticidade e realidade. Quando
olhamos para os historiadores, em especial os gregos vemos, ao cotejá-los com
outros, em especial os orientais, o quanto de negação envolvem as versões.
Tidos por muitos como mentirosos, nomes permaneceram e permanecem na
historiografia como próceres e influentes pensadores de gerações contínuas. Não
é, entretanto, a opinião dos orientais quando se referem a ocidentais,
negando-lhes autenticidade, e, não raro nominando-os de mentirosos.
A história em
si não é e nem pode ser considerada, portanto, “ciência”, quando muito o estudo
para a sua abordagem, vez que ela não se encaixa na exatidão, nem na
experimentação, antes, e não raro é especulativa e comporta variada
interpretação.
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respeitabilidade
Max Brandão Cirne 28/11/2012
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