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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

AFINAL, HISTÓRIA É CIÊNCIA?



        Desandado mundo velho, tão velho quanto a própria existência, nele se desenvolvem os erros e os enganos, muitos simplesmente pelo justo desejo da contribuição, muitos pelo desejo de mais aprender. Essa velha discussão se a história é ciência, nos parece dará muito pano para as mangas, as pessoas se digladiarão, enquanto a esterilidade da discussão continuará a permear áridos ou bonançosos corações.
         De fato não se pode considerar científico nada que se permeei e se premedite obedecendo razões e conveniências. O que desejamos discutir é se de verdade a história, em si, enquanto história pode ser considerada ciência. Não se pode negar que uma coisa é a investigação da verdade, outra, a interpretação da história. É certo afirmarmos que o historiador não pode sentir-se um “cientista” puro e acabado, exatamente por permitir a história a interpretação  dos fatos segundo conveniências e envolvidas as partes. O máximo que se pode admitir, sim é que a investigação se revista de conceitos científicos, nunca a história em si.
          Quando fatos pretensamente existentes foram revelados ao mundo, certamente envolveu um monte de interesses e interpretações. Conquanto a história não deva por si ser interpretada como a verdade única, não se pode nem devemos aprisionar o termo “historiador como um privilegiado ou iluminado acima do bem e do mal. O historiador é simplesmente um homem que escreveu sua visão ou o que dela lhe pareceu pertinente o Fo forçado, pelas circunstâncias, a escrever diante das conveniências apontadas.Exemplos são muitos, sem contar os que emprestaram suas penas para escrever inverdades, contanto que os mandatários do momento lhes encomendassem, sob régia paga, caso das principais cidades italianas e seus reis ou soberanos que pagavam e sustentavam escritores para escrever a história convenientemente. São dignos de menção os Médicis que souberam entortar, ajudados por certos “historiadores”, a verdade dos fatos.
         É fato conhecido que os vencedores sempre escreveram a história ao seu bel prazer, impondo aos vencidos suas visões e versões. Imaginemos, só para argumentação, que os militares que dominaram o Brasil pós 1964, durante a ditadura, consideravam a “revolução incontestável, a redentora, a salvadora”. Essa postura de servilismo aos conceitos arbitrários, tem feito estrago nos arraiais dos historiadores, medindo e impedindo, não raro, a sã discussão e debate sobre os mais variados, tendenciosamente forçando  ao oficialismo da historiografia da maioria preguiçosa e aplaudida.
         Não são poucos os historiadores se debatem e discutem autenticidade e realidade. Quando olhamos para os historiadores, em especial os gregos vemos, ao cotejá-los com outros, em especial os orientais, o quanto de negação envolvem as versões. Tidos por muitos como mentirosos, nomes permaneceram e permanecem na historiografia como próceres e influentes pensadores de gerações contínuas. Não é, entretanto, a opinião dos orientais quando se referem a ocidentais, negando-lhes autenticidade, e, não raro nominando-os de mentirosos.
          A história em si não é e nem pode ser considerada, portanto, “ciência”, quando muito o estudo para a sua abordagem, vez que ela não se encaixa na exatidão, nem na experimentação, antes, e não raro é especulativa e comporta variada interpretação.
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Max Brandão Cirne 28/11/2012




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